O Ministério Público Estadual ajuizou nesta quarta-feira uma ação civil pública para obrigar a Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) a fazer a remediação de um terreno contaminado na Vila Prudente, na zona leste
12 de setembro de 2012 | 23h10
ADRIANA FERRAZ
A área, de 144 mil m², é delimitada pela Avenida Doutor Francisco de Mesquita e pela Rua Patriarca, ao lado da Estação Tamanduateí do Metrô e da CPTM, que deverá ser investigada, assim como o Shopping Central Plaza.
Na ação, o promotor de Justiça do Meio Ambiente da capital Washington Luis Lincoln de Assis exige que a Sabesp finalize o estudo iniciado em 2002 para dimensionar o tamanho da contaminação. Na época, foi identificada a presença de gás metano e metais pesados. No local, ficam um Centro de Detenção Provisória, estações elevatórias de água e de esgoto, um escritório e uma linha de transmissão de alta tensão da Eletropaulo.
Segundo Assis, a Sabesp se nega a continuar o trabalho e a promover a recuperação do terreno. “Já tentamos firmar acordo com a empresa, sem sucesso. Agora, o jeito foi entrar com o pedido de liminar”, disse. A multa diária, em caso de descumprimento, é de R$ 200 mil.
Pela proximidade com o terreno, a Promotoria considera que a Estação Tamanduateí do Metrô e da CPTM também esteja em área contaminada, assim como o shopping. O MPE pede ainda que a Sabesp seja condenada a fazer a desocupação da área, a compensação ambiental pelos danos ambientais e a indenização por danos morais e materiais coletivos causados.
A Sabesp informou que não havia sido notificada da ação e, por isso, não se pronunciaria.
Fonte: JORNAL DA TARDE – SP
DD 